Omagio a Eikoh Hosoe, de Cicchine

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

O dia da estrela

Quando veio ao mundo, anos antes,
talvez fosse noite de lua,
talvez dia chuvoso, com sol...
Mas fato é: havia uma estrela.

Estrela essa que eu achei
Quando você passou pelo meu caminho,
Encantei-me, brilhei com tua luz:
Éramos amigos desde sempre.

Das cores que têm, preencho parte
Do meu sorriso e do coração.
Acalmam, adoçam, fazem rir simples.
Das que não tem, te dou as minhas.

Dos dias de porre, quero sarjetas,
Risadas, mini-arrependimentos
(de dia seguinte, nenhum atual),
Adolescência eterna de um dia.

Dos dias escuros e tristes,
Respeito teu silêncio, tuas fugas,
Te peço baixinho que fique bem.
Te empresto minha luz.

Dos dias leves e bobos,
Que tenham doces de comer e conversar,
Que tenham fazer nada juntos
E ser feliz por isso.

Do seu sorriso, faço aquarela,
Pinto o meu mesmo sem ver um seu.
Da tua companhia, tenho a alegria
De todos os dias da vida.

Dos dias de bad, quero cervejas,
Conversas idiotas, direito a xingar o mundo.
Mas pode ser colo, se você quiser...
Pode até ser nada.

Do aniversário do dia da estrela,
Não tem desejo mais nada
Porque já te desejei tudo ontem,
Antes, antes, antes (sempre).

E do amor... ah! tem os que fazem sofrer,
E tem os bonitos que embelezam a vida.
O nosso sempre sera bonito e sempre estará,
Porque é essência, porque é.